Hannibal vive conosco
Demorou, mas estamos de volta. Este lar passou por uma fase carregada, meio turbulenta. Mas, com o começo do novo ano, resolvemos colocar as coisas em ordem antes mesmo do Carnaval. A limpeza tem sido feita semanalmente, ainda que continuemos esquecendo de trocar o rolo de papel higiênico. Nossas atas estão ficando repetitivas. ( Pois é, temos reunião com ata.)
A grande novidade, no entanto, é um novo morador. Sim, encontramos espaço para mais um. Na verdade, ele não ocupa muito espaço. Minto, até ocupa, mas como só pode se apresentar se Raquel se retira, dá no mesmo.
Ele vem sempre durante a noite, quando todas as refeições foram feitas. Às vezes, surge durante a tarde. Antes, era meio do nada. Agora, já estamos acostumadas. Hannibal vive conosco e até joga um buraquinho de vez em quando.
Às vezes tem uns ataques de fúria que nos fazem temer a perda da língua. Sorte que não há riscos. A boca dele está muito bem amarrada em uma borracha infeliz que prende o aparelho ortodôntico e permite que ali só entrem ar e líquidos não muito espessos. Se engasgar, é a morte. Dificilmente conseguiríamos salvá-lo.
A convivência, ao contrário do que possam pensar, não é tão difícil. Nosso Hannibal é muito simpático. (E nem poderia ser diferente, sendo ele uma outra face de Cacá.) O único problema é que não dá pra conversar direito. A distorção dos sons das sílabas demanda um enorme esforço de atenção. Outro dia, ele atendeu o telefone. A pessoa, surpresa com a voz estranha, perguntou:
_ Ué, quem atendeu?
_ Ah! Foi o Hannibal.
_Ah, tá – a pessoa respondeu com naturalidade. Está acostumada a nossas anormalidades.
A grande novidade, no entanto, é um novo morador. Sim, encontramos espaço para mais um. Na verdade, ele não ocupa muito espaço. Minto, até ocupa, mas como só pode se apresentar se Raquel se retira, dá no mesmo.
Ele vem sempre durante a noite, quando todas as refeições foram feitas. Às vezes, surge durante a tarde. Antes, era meio do nada. Agora, já estamos acostumadas. Hannibal vive conosco e até joga um buraquinho de vez em quando.
Às vezes tem uns ataques de fúria que nos fazem temer a perda da língua. Sorte que não há riscos. A boca dele está muito bem amarrada em uma borracha infeliz que prende o aparelho ortodôntico e permite que ali só entrem ar e líquidos não muito espessos. Se engasgar, é a morte. Dificilmente conseguiríamos salvá-lo.
A convivência, ao contrário do que possam pensar, não é tão difícil. Nosso Hannibal é muito simpático. (E nem poderia ser diferente, sendo ele uma outra face de Cacá.) O único problema é que não dá pra conversar direito. A distorção dos sons das sílabas demanda um enorme esforço de atenção. Outro dia, ele atendeu o telefone. A pessoa, surpresa com a voz estranha, perguntou:
_ Ué, quem atendeu?
_ Ah! Foi o Hannibal.
_Ah, tá – a pessoa respondeu com naturalidade. Está acostumada a nossas anormalidades.
1 Comments:
At 3:52 PM, janeiro 28, 2006,
Bernardo Tonasse said…
É bom que assim a Raquel pára de destruir a caixinha de balas! hahah! : )
Postar um comentário
<< Home