Lar das Meninas

Pois é... O Lar das Meninas está finalmente online. Embora o nome possa sugerir, não somos um orfanato, mas uma república. E das melhores já vistas! Nossas portas estão abertas (aqui). Viva a inclusão Digital!

quinta-feira, março 31, 2005

Só acontece com a gente...

Algumas notícias, se não divulgadas na hora, perdem sua razão de ser. Mas podem ainda funcionar como um bom "causo". Pois o nosso, da semana passada, é o do blackout.
Estávamos todas felizes e contentes em casa. Luana no MSN, Priscilla tentando dormir porque tinha prova de monitoria no dia seguinte ( Parabéns para a nossa monitora de parasito, by the way! ), Raquel esperando o Big Brother começar e eu, depois de muitos períodos relapsos, bancando à CDF, estudando um pouco. De repente, puf. Tudo escuro.

Ah, não, cara! O que teria sido?
Olho pela janela. O prédio de traz está aceso. Pior. Olho para o apartamento ao lado. Aceso também. É. O problema era só nosso. Crise de riso. Crise de histeria. Desesperadas, começamos a pensar em que casas poderíamos nos hospedar porque com certeza aquela situação duraria semanas. Isso, é claro, se o apartamento não pegasse fogo a qualquer momento, garantindo que sairíamos vivas dali.

Mais calmas, resolvemos pensar. Mexemos na caixinha de chaves da cozinha. Nada. Batemos na casa da síndica e pedimos para o marido dela ver se havia algum problema lá onde fica o relógio. havia. O fio estava partido. Saía um fogo verde quando se mexia nele. Pânico. Realmente não poderíamos mais viver ali.

Foi quando uma luz veio às nossas mentes: Ampla. * Uma moça muito simpática ouviu-me, às gargalhadas, contar o acontecido:
_ Desculpa, moça, a gente tá um pouquinho nervosa aqui.
O socorro, que poderia chegar em até duas horas, chegou em meia. E melhor, era grátis. Dois moços emendaram o fio e tudo voltou ao normal, ainda a tempo de assitirmos à saída de Pink do BBB. Fomos dormir felizes e aprendemos que um simples telefonema pode resolver muitos problemas.

Mas, como se não bastasse, ontem, outro incidente aconteceu. Aí o "causo":
Luana estava na faculdade. Priscilla havia ido à missa. Cacá (Raquel) e eu fomos fazer uma incrível caminhada de uma hora e meia. 7:30 da noite. Voltamos. Mortas, metemos a chave na porta. Nada. Ouvindo o bafafá, a porta da vizinha se abre. Priscilla havia sido acolhida por Marina, sempre muito solícita. A porta não queria abrir porque esqueci minha chave do lado de dentro. Resolvemos agir.

Bato, mais uma vez, à porta da síndica. A idéia era subir por uma pequena lage que dá pra ver da nossa janela e pular para a sala. Não dá. Tanto a laje quanto a janela são muito altas. Para chamar o chaveiro, precisaríamos de dinheiro, algo muito escasso em casa de estudantes. Além disso, não haveria nenhum aberto. Mas o que seria do mundo sem seus heróis? (Sem querer me gabar.)

Marina teve a idéia. Alguém ia ter que pular da janela dela, no segundo andar, para a outra laje, de outra vizinha, para, por lá, chegar às janelas dos nossos quartos e, com uma chave de fenda, tentar abrir um espaço na grade de uma delas. Ótima solução, candidatei-me à façanha. Pena que a altura ainda era um pouco perigosa e, se eu errasse o pulo, a queda poderia ser fatal. ( Nooooooooooooossa!)

Marina teve outra idéia. Poderíamos ir à casa da vizinha de baixo, para subir por lá para a laje. Fomos. Opa, opa, dá licença. Uma das outras vizinhas segurou uma porta de ferro aberta, eu escalei, alcancei a laje e rolei, literalmente, para cima dela. Como desparafusei uma das partes da grade, entrei pal fresta, pulei a janela e abri a porta. Felizes, pulamos em comemoração.
Fomos dormir felizes e aprendemos que pular a janela pode ser a saída quando a porta não abre. Eu, particularmente, foi dormir sonhando que todos os problemas fossem como esses.

Aguardem fotos do acontecido.

P. S. :Estou me sentindo o Superman, que, depois de salvar o mundo, voltava para o Planeta Diário e escrevia a matéria. Tudo bem que eu tendo ao sensasionalismo quando escrevo em primeira pessoa. Mas não se preocupem quanto a meu futuro profissional. Tenho bom senso.